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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Comentarista da rádio CBN lança livro sobre jornalismo e publicidade no rádio


Danubia Guimarães |

PORTAL IMPRENSA
Apesar de serem áreas irmãs e correlatas, a publicidade e o jornalismo compartilham de uma rixa histórica que ninguém sabe ao certo como surgiu. Enquanto um busca a tão sonhada imparcialidade jornalística, livre da interferência do departamento comercial, o outro reafirma seu espaço, mostrando que sem o respaldo dos anúncios é difícil que um veículo de comunicação consiga se sustentar.
Crédito:Divulgação
Roseann Kennedy é repórter da CBN Brasília e comentarista do quadro "Crônica do Planalto"
No rádio, o cenário não é diferente. Para justamente quebrar esse paradigma e mostrar que essas duas áreas podem (e devem) conviver em harmonia, a jornalista Roseann Kennedy, repórter da CBN Brasília e comentarista do quadro "Crônica do Planalto", em parceria com o publicitário Amadeu Nogueira de Paula, lança no mês de abril o livro “Jornalismo e Publicidade no rádio: como fazer”.
“Quando começamos a fazer esse trabalho conjunto percebemos que ainda esbarramos muito no preconceito, naquela coisa de jornalista e publicitário não conversarem muito. É fundamental que haja essa comunicação, não dá para haver jornalismo sem publicidade”, defende a repórter.
Com exemplos práticos, o livro trata dos bastidores, da técnica e da conduta ética dos profissionais. Também expõe, sem preconceitos, como publicidade e jornalismo podem colaborar entre si, sem gerar interferências indevidas.
Confira a seguir a entrevista:
IMPRENSA: Como surgiu a ideia de escrever um livro sobre a publicidade no rádio?
Roseann Kennedy - Eu sempre trabalhei com radiojornalismo. Até que fui convidada para dar a disciplina de linguagem radiofônica para publicidade depois que o professor responsável por ela saiu da instituição. Quando comecei a me aprofundar no assunto para conseguir passar o conteúdo previsto na grade do semestre, me dei conta de um problema. Não existia praticamente bibliografia nacional sobre linguagem radiofônica em publicidade. Existe muita coisa voltada para TV, impresso, mas não especificamente para rádio. À medida que os alunos começaram a demonstrar dúvidas práticas, isso foi me servindo de base para fazer um roteiro de um livro.

A partir daí desenvolvi o projeto de um livro que, à principio, era de publicidade mesmo. Mas daí pensei: ‘ai que ousadia a minha. Jornalista querer fazer um livro sobre publicidade’. Por uma coincidência do destino tive contato com o diretor da ESPM, que me indicou o publicitário Amadeu Nogueira de Paula, professor ideal para escrever o projeto comigo.

O que você entende por rádio multimídia? Como é atuação da publicidade nesse cenário?
Rádio multimídia é a ideia de você poder hoje ter o rádio em diversas plataformas ao mesmo tempo, você não precisa ter um aparelho na sua casa ou no carro para ouvir notícias ou músicas. Você pode ouvir pela internet, montar a sua própria programação, ouvir a hora que você quiser as entrevistas e programas favoritos. Como exemplo, temos o caso da plataforma de internet da CBN. 

Você tem a área dos comentaristas, um espaço que deixa a programação acessível durante sete dias. Então, se o ouvinte quiser assistir o programa tal, mas por algum motivo perdeu, ele recorre a esse acervo. Isso é fantástico. É o rádio novo, dando a volta por cima, se adequando às novas realidades.

Quando permitimos que o ouvinte monte a própria programação, a publicidade acaba excluída. Isso não é perigoso do ponto de vista financeiro?
Além de ter a publicidade no dial, você cria na internet um novo ambiente de publicidade na internet, então, não há perdas, muito pelo contrário. Para quem busca o material em podcast no site vai encontrar a publicidade trabalhada de uma outra forma. Além disso, o conteúdo na web agrega valor. Além de simplesmente ouvir um spot no rádio, ele poderá visualizar a publicidade de outra forma na web. 

Sem falar que a presença do rádio para a internet traz benefícios também para o jornalista, uma vez que cria novas funções profissionais para os que trabalham no rádio. Hoje você tem um jornalista vinculado ao rádio que na verdade está fazendo conteúdo exclusivo para o site, ou seja, esse tendência criou um universo novo de atuação, essa possibilidade de expansão do mercado de trabalho.

Como avalia a importância que a publicidade dá ao rádio nas faculdades?
Nem na área de publicidade, nem do jornalismo o rádio é valorizado. O meio acadêmico não dá a importância que o rádio tem. É muito comum a gente entrar na faculdade e ver pessoas superfascinadas em querer trabalhar em online, jornal e revista ou TV. Mas, ao longo desses meus 20 anos de profissão, poucas pessoas dizem quero trabalhar no rádio, sonho trabalhar no rádio. Lembro que no meu primeiro ano de faculdade eu falava isso e naquela época as pessoas já pensavam que era loucura minha.

O que podemos fazer como profissionais de comunicação para que esse cenário mude e incentivar as novas gerações a apostarem no rádio?
Trabalhar mostrando o universo de atuação que o rádio tem. Mostrar a importância do veículo. É um trabalho de formiguinha mesmo. Mostrar como o veículo é mais viável financeiramente, prático. Com qualquer aparelho celular você consegue entrar ao vivo e dar a notícia. É mostrar que o rádio é feito como muita seriedade. É quebrar alguns paradigmas de quem trabalha com rádio não sabe escrever, por exemplo. Afinal, temos que ter o poder da síntese de forma didática e com linguagem simples a notícia, o que faz essa tarefa ser bem difícil. Romper os preconceitos do dia a dia é um grande passo para mostrar a importância do veículo.
 
Como a publicidade dialoga nos dias de hoje com o rádio, principalmente nas rádios de notícia? Há uma cobrança maior por peças que não interfiram na credibilidade jornalística?
A cobrança que eu percebo é muito mais no sentido contrário. Tenho muita sorte de trabalhar em uma empresa como a CBN em que os jornalistas não sofrem nenhum tipo de interferência do tipo: você não vai dar essa notícia porque vai contra o nosso anunciante’. Mas conversando com alguns profissionais de rádio vejo muita pressão em rádio pequena. Da direção chegar e dizer que não é bom dar determinada notícia porque tem um anunciante que é do mesmo grupo, então o departamento comercial interfere. 

Nunca vivi essa realidade em nenhum lugar que passei, mas com base nas pesquisas que fizemos para estruturar o livro a gente percebe que essa interferência existe, mas em veículos que a dependência do anunciante é muito maior.

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