WILLIAN MARQUES
Há algum tempo falamos sobre a transformação do hábito do ouvinte em geral. O grande interesse
despertado pelas ondas Fms no final dos anos 70, no Rio, eram as novidades, a
moda, a linguagem e o comportamento. As ondas amigas do rádio levavam para
dentro da casa dos ouvintes as novidades. Poucas eram as fontes de informação,
poucos canais eram a referência das novidades, poucos meios matavam a
curiosidade pelo novo, pelo diferente, a fome dos jovens em serem diferentes e permitiam
a criação de suas identidades. Quem não se lembra da moda do cabelo do cantor
tal, ou do penteado da cantora x em todos os cantos.
Big Boy, locutor e dj nos anos 70 e 80, é um
exemplo clássico, onde quem tem mais de 40 vai se lembrar das gírias, das
frases de efeito e as tendências ditadas pelo cara que iria marcar uma época na
Rádio Mundial. Destaco a disposição dos gestores da época, diferentes dos
atuais. Aqueles não tinha medo de arriscar, de apostar e de criar. Bom, hoje, deixa
para lá.
Essa pequena introdução para registrar que a busca hoje, nas ondas sonoras do fm, não são as mesmas coisas que se procurava tempos atrás, hoje o conteúdo é a grande cereja. Daí a grande explosão dos podcast, falei isso no início dos anos de 2010, o desejo por conteúdo é a menina de ouro dos ouvidos dos ouvintes. Não é à toa que em pesquisa recente, os americanos indicaram maior audiência em podcast que em emissoras broadcast. Ainda segundo estudo “Para os ouvintes, “áudio de palavra falada” significa praticamente tudo menos música – notícias e talk shows na rádio AM/ FM, além de podcasts e audiolivros de todas as faixas. Fica a dica.